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16.9.12

Votação do nome do mascote da copa: Amijubi, Fuleco ou Zuzeco?

Como mencionei esses dias, saiu o mascote oficial, registrado já na Suíça: o tatu bola.

A votação seria popular e está disponível a partir de hoje. Depois de um nome ridículo, dentre 3 opções ridículas para nome da bola, estava na espectativa de que o nome do mascote também não fosse assim. 
Eis que temos três opções ruins novamente:

Amijubi é a união das palavras "amizade" e "júbilo", duas características marcantes da personalidade do nosso mascote e que refletem a maneira de ser dos brasileiros. Além disso, esse nome tão original está ligado ao tupi guarani, em que a palavra "juba" quer dizer amarelo – a cor predominante no mascote!

Fuleco é a mistura das palavras "futebol" e "ecologia", dois componentes fundamentais da Copa do Mundo da FIFA Brasil 2014. O nome do nosso mascote mostra como essas duas palavras combinam perfeitamente e ainda incentivam as pessoas a ter mais cuidado com o meio ambiente.

Zuzeco foi formado dos elementos principais de "azul" e "ecologia". Azul é a cor dos mares da maravilhosa costa brasileira, dos rios que cruzam o país e do nosso lindo céu. E é também, claro, a cor da carapaça especial do mascote. Ele sabe que pertence a uma espécie vulnerável e por isso, também sabe o quanto é importante divulgar e incentivar a conscientização ecológica entre seus amigos do mundo inteiro.


Lembrando que para o pan, o mascote também teve seu nome julgado pelo povo, com três opções ruins - sendo escolhido o Cauê.
Realmente gostaria de saber porque não contratam bons publicitários para definir nomes adequados.

Vote no nome 'menos pior' clicando aqui.

14.9.12

Entrevista: José Ricardo Yoshida Souza, autor do estrelas da várzea

Como postei ontem um material com o vídeo do Estrelas da Várzea e a minha coluna da Universidade do Futebol tratou da importância e mostrou um pouco do projeto, hoje venho com a entrevista que fiz com o autor do vídeo e das fotos com a análise dos campos irregulares do futebol de várzea: José Ricardo Yoshida Souza.

GdA: Como surgiu a idéia de fazer a análise dos tamanhos dos campos e por quê?
 
A idéia surgiu porque todo mundo só fala dos grandes times de futebol e esquecem que a verdadeira paixão pelo futebol está na várzea. Muitos dos craques que eles idolatram surgiram da periferia e jogaram em campos da várzea.
 
O projeto inicial era contar histórias interessantes que aconteciam nesses campos de futebol da várzea. Foi quando eu lembrei o que aconteceu com o meu amigo Celso Marcon, que era técnico de um time de várzea da zona leste de São Paulo (Gaviões do Itamaraty). Certa vez um jogador do time foi substituido e ele ficou tão puto da vida que foi na casa dele buscar um revolver para tirar satisfação com o técnico, mas a turma do 'deixa disso' agiu rápido e tudo se resolveu. Isso é uma história engraçada e triste ao mesmo tempo. 
Aí entrei no Google Earth para fazer uma pesquisa rápida sobre os campos de futebol que tinha em São Paulo e me deparei com um campo muito engraçado que ficava no meio de uma favela do Capão Redondo e ai eu disse: "Achei o que eu queria!".
 
Percebi que existiam muitos campos assim por toda a cidade São Paulo e não tinha outro caminho a seguir a não ser mostrá-os de uma forma engraçada sem ofender os que ali jogavam.
 
GdA: Como é feito o estudo? Quais as ferramentas para não distorcer as imagens?
 
O estudo é simples. Eu acesso o Google Earth e navego por toda a cidade atrás de um campo com medidas bizarras. Existem vários campos de várzea na cidade de São Paulo e muitos deles tem as suas medidas proporcionais às oficiais, e outros totalmente foram dos padrões. E são esses campos fora do padrões que estou buscando. O Google Earth tem uma ferramenta que ajuda na metragem dos campos e segundo eles é muito precisa. Depois entro em um editor de imagens e desenho as linhas para ter uma ideia melhor da medidas estranhas de cada campo.
 
GdA: Qual a sua relação com o futebol de várzea e acredita que a análise seja um registro que possa contribuir para a manutenção do mesmo - este que tem diminuido drasticamente por conta do futebol society?
 
Morei por vários anos na periferia de Guarulhos (Bairro Maria Dirce) e do lado na minha casa tinha um campo de terrão que vivia lotado. Quando eu tinha tempo dava uma passada por lá para dar uma olhada. Via que todos os sábados e domingos era um entra e sai de times naquele campo que até gerava um certo transito na região. Percebi o quanto são importantes esses espaços para as pessoas que não tem outra forma de patricar esporte a não ser o futebol. Na periferia é assim, ou você joga futebol ou assiste. É diversão garantida.
 
Os dois campos caminham juntos. Só quero deixar um registro alegre dos campos de terrão.
 
Os campos de futebol várzea estão acabando não por causa do campinho society, e sim por causa da especulação imobiliária. Muitos desses campos viraram conjuntos residenciais ou empresas e a população ficou sem nenhuma alternativa se lazer.
 
A moda agora é colocar grama sintética nesses campos que ainda sobrevivem por ai. Até acho legal essa substituição dos campos de terrão por grama sintética, mas o que está por trás disso é uma politica podre, de interesses partidários (em troca de votos) que não traz benefício nenhum para a comunidade. Se já é difícil manter e fazer a manutenção de um campo de terrão, imagina isso em um campo sintético.

GdA: Sobre o vídeo, ele foi criado a partir de qual idéia? Foi realizado somente como registro, como documentário em si, ou já com intenção de produzir material sobre o futebol de várzea? O que surgiu primeiro: o registro dos campos ou o vídeo?
 
O registro dos campos foi o start do projeto. O vídeo foi criado depois, para participar de um festival de cinema voltado para o mundo futebol, o Cinefoot. O vídeo foi gravado em final de semana junto com o meu amigo Fernando Lopes.
A idéia agora é rodar um documentário sobre a várzea, mostrando o dia-a-dia desses campos, seus personagens, mostrar os craques e os  grandes clássicos que acontecem nesses campos.

GdA: O Estrelas da Várzea está aberto para que as pessoas sugiram campos com formatos inusitados, mas os desenhos apresentados são exclusivamente seus ou tem mais alguém envolvido?
 
Opa! O Estrelas da Várzea é do povo. A participarção das pessoas tem uma importância muito grande nesse projeto. Existem milhares de campos de várzea em São Paulo e região e não dá pra descobrir sozinho esses campos. As pessoas mandam as sugestões e em seguida posto no blog. Por enquanto não estou postando campos com as medidas normais, digamos assim. Ainda quero encontrar muitos campos "bizzaros" por aií. Não está fácil, por isso conto a participação dos seguidores do blog. Em breve criarei um  espaço para os outros campos da várzea. Estou sozinho nessa jornada e preciso de ajuda. Aceita? (risos)
 
GdA: Aprendeu alguma coisa com o estudo, descobrindo mais particularidades ou padrões que não esperava encontrar?
 
Aprendi que não tem limites para jogar futebol. Não importa o formato do campo, se é redondo ou quadrado, as regras são as mesmas para quem joga futebol. Em qualquer jogo que acontece nesses campos existem árbitros, banderinhas, massagistas, técnicos, comissão técnica. O futebol é jogado da forma mais honesta possível.
Um coisa interessante que descobri foi quando visitei o campo da Escolinha Arco Verde na zona sul de São Paulo. Voltei ao campo para projetar e entregar cópias do vídeo Estrelas da Várzea e vi um senhor completamente bêbado, olhei pra ele e perguntei: 
- O senhor gosta de futebol? Quer assistir ao vídeo? 
Ele ficou olhando pra mim e disse:
- Fui jogador de futebol profissional.
Em seguida foi embora. Perguntei quem era aquele senhor e me responderam que era o Walter Zum-Zum, ex-ponta-direita do São Paulo FC.
Um história triste que não gostaria que acontecesse com ninguém.

GdA: Qual o valor do futebol de várzea para você?
 
O futebol de várzea é uma grande comunidade e serve como meio de integração das pessoas. Existem grandes rivalidades dentro do campo, mas assim que o árbitro apita o final do jogo as pessoas se reunem em volta de um churrasqueira ou mesa de bar para rir e contar suas histórias.
Cada jogador dá o máximo que pode para representar sua comunidade, o seu time. Não importa se ele é gordinho ou perna-de-pau. 
Na várzea existem regras, ética, disciplina e muita alegria.

13.9.12

Documentário: Estrelas da Várzea

Eventualmente, quando encontro materiais cinematográficos interessantes, posto aqui o link para que vocês tenham contato com histórias, documentários e mídias interessantes, relacionadas com o futebol.

A de hoje se chama 'Estrelas da várzea' e mostra um pouco do cotidiano de um time e seu treinador. O vídeo foi realizado por José Ricardo Yoshida Souza e Fernando Lopes em um campo na Cidade Dutra. 

Estrelas da Várzea mostra um fragmento do futebol de várzea na periferia de São Paulo. Gamela e Boreta são loucos por esporte, principalmente o futebol. É na escolinha de futebol Arco Verde que eles tem a missão de ensinar futebol para crianças e jovens do bairro Cidade Dutra. O projeto da escolinha Arco Verde é tirar os jovens da rua através do esporte. É nesse campos da várzea, de bairros humildes e esquecidos que nascem os astros do futebol arte.

Assista ao vídeo clicando aqui.

Existe também o projeto Estrelas da várzea, sobre o qual eu elaborei a breve coluna de hoje na Universidade do Futebol. Você também pode saber mais sobre esse interessante estudo na página do facebook.

10.9.12

Telões e Gramado

Venho hoje somente postar dois links de blogs que sigo e que vieram com assuntos interessantes: um, com uma notícia sobre um gramado e outro, com um questionamento interessante sobre os telões dos estádios.

Gramado monitorado 24h - por Artur Melo, com informações sobre o investimento no controle do gramado do Engenhão, no Rio de Janeiro;

Live Action: muito mais emoção ao vivo - pelo blog Estádios e Arenas.com.br, com um questionamento sobre a utilidade e potencial dos telões em estádios.

Ambos tem grande relevância para os estádios atuais, já que estão investindo milhões de reais em suas construções e muitos não tem devidos conhecimentos para tirar proveito de sua estrutura e como mantê-la fisica e financeiramente. Um estádio em particular que poderia pensar muito no assunto do telão é o Corinthians, que está investindo em um enorme com intuitos diferentes, mas que podem complementar, transmitindo, de repente, a partida para o lado de fora, colaborando com a gigante nação corinthiana que não pode totalmente presenciar nos estádios as partidas.

São duas leituras muito breves, mas precisava repassar.

3.9.12

O legado de Londres 2012

Diferente do Brasil, a Inglaterra, mais especificamente Londres, tinha um interesse muito maior em planejamento urbano que nos jogos olímpicos. Enquanto Rio visa obter legado com os jogos, Londres conclui etapas de um plano antigo de desenvolvimento com a ajuda dos holofotes de Londres.

O desenvolvimento da 'zona leste' londrina é feito através da regeneração de uma área pós indrustrial com muitas edificações abandonadas. A proposta de londres foi criar o complexo olímpico, um parque e posteriormente transformar os equipamentos do evento em espeços públicos, ganhando enormes benefícios ao esporte e tratando do tal 'legado' propriamente dito, com propostas habitcionais - deficientes na região atualmente.

Abaixo, o plano londrino - Clique para ampliar:



Início da proposta: 1998-2004
Plano de conclusão: 2020
Plano de Legado: 2030

Londres considerou o rio que passa pela região em dois sentidos: o paisagístico, permitindo o " uso sustentável das águas do rio, mantendo a biodiversidade, e dessa maneira também gerar visuais dos estádios", conforme matéria do arch daily, e também o de transporte público, deixando um legado de mobilidade pública fluvial. O uso de bicicletas também deve ser estimulado com o plano.

Já dediquei aqui no Gol da Arquitetura um post exclusivamente sobre a importância de valorizar os rios e ele vale não só para a Copa, mas para as Olimpíadas, já que teremos mais de 8 anos aí com holofotes voltados para o Brasil, atraindo investimentos e investidores.

Falta mais atenção, no caso do Brasil, para os esportes olímpicos, como equipamentos públicos para a prática dos mesmos e, principalmente, planos a longo prazo, com benefícios estendidos a várias áreas interessantes para a cidade do Rio de Janeiro. Há benefícios que virão (leia abaixo sobre o campo de golfe), mas pode ser pensando num prazo mais longo e com um intuito mais urbanístico.

Fonte das informações: 
Arch Daily Brasil

Leituras complementares sobre o que foi mencionado no texto:
Concurso e Olimpíadas buscando o espírito olímpico - sobre um futuro campo de golfe público para o RJ
Os rios a serem encarados para a Copa 2014
Plano urbano do Rio e das olimpíadas 2016 e a referência de Barcelona

Mascote da Copa 2014

Depois de um logotipo extremamente criticado e de mau gosto...








de uma bola com nome ridículo - votada como menos pior entre 'bossa nova', 'carnavalesca' e ' brazuca'




Enfim, um mascote que nos traz certo alívio. Ao menos este achei com qualidade e não com certo ar inusitado: um tatu-bola


A votação do nome do tatu deve ser como o da bola, por votação na internet e esperamos agora que com um nome mais digno para um mascote tão simpático. O lançamento oficial deve acontecer ainda em Setembro, em evento grande marcando início da votação popular. Segunda ainda a revista Veja, quem lançou, neste sábado, a imagem, estão elaborando atualmente animações onde uma bola se transforma em tatu, por isso os gomos de bola de futebol em seu casco. As cores amarela do corpo, olhos e calção verdes e casco azul, remente à bandeira nacional. Achei inesperado considerando a abrangência que um tatu pode pegar nos turistas, fugindo do papagaio, arara, tucano, mostrando um pouco mais de Brasil. 

As características comportamentais, assim como o nome, devem ser elaborados pela Coca-cola - patrocinador do evento, assim como foi elaborado pela Adidas o nome da bola. Acredito nisso pois a coca-cola lançou aplicativo em ser perfil do facebook para que os usuários sugiram hábitos bastante brasileiros, chamado de 'brasilidades' para que depois o mascote possa fazer durante apresentações ou possivelmente em animações. 

Quem tiver idéias, entre no perfil da Coca-Cola e participe com foto, vídeos ou frases.

1.9.12

Verminosos por Futebol e entrevista sobre voluntariado na Copa

Esta semana dei uma entrevista breve sobre minha experiência na Copa 2010, em Johannesburg, África do Sul. A entrevista foi para o blog Verminosos por Futebol, o qual recomendo que conheçam.

A expressão é típica cearense - origem do blog - e deve abordar tudo o que um fanático/verminoso possa se interessar pelo futebol cearense, nacional e internacional com tudo de curioso também por fora das partidas.

O blog é do jornalista Rafael Luis Azevedo, 29 anos, que também foi correspondente na Copa do Mundo de 2010.

Conheça o blog e leia a entrevista clicando aqui.
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